Horimiya, principalmente devido à sua inconsistência. Um dia as comédias vão bem, os personagens são simpáticos e a história extremamente genérica não parece problemática; enquanto no dia seguinte as comédias ficam sem graça, os personagens parecem tão básicos quanto a história, e eu estou morrendo com o drama inventado. Na maioria das vezes, é o último. Parece que eles descaradamente não sabem o que estão fazendo. Mas ainda há algo em Horimiya que conseguiu me manter investido, apesar das reclamações acima. Vou tentar dividir os dois lados do espectro ao longo desta resenha, já que estou dividido ao meio.
Horimiya começou super forte. À primeira vista, fiquei intrigado com os personagens. Todo o conceito de “não julgar as pessoas por suas aparências” era interessante, e eu queria ver aonde eles chegavam. Quando vemos Miyamura pela primeira vez, somos levados a vê-lo como um recluso sombrio, sem qualquer vida social. Mas acontece que ele é o completo oposto. Gostei muito dessa ideia, porque acho que é uma moral importante que pode ser usada no mundo real. Mas, à medida que cada episódio progredia, esse conceito único se tornava insípido e genérico, a ponto de ser dificilmente suportável. É uma emulação de cada rom-com existente, e não adiciona nada de distinto para separá-lo dos incontáveis outros em seu gênero. Uma heroína principal tsundere e um MC ligeiramente denso se apaixonam. Soa como a maioria dos outros anime rom-com que eu já vi. Isso não é necessariamente uma coisa ruim, mas não conseguiu me envolver mais e não tinha nada de memorável sobre isso. Não ajudou que o ritmo também parecesse irregular. Junto com isso, ao invés de parecer intenso ou emocional, a maior parte do drama adicionado parecia forçado e constrangedor. Eu sinto que a história caiu completamente, e é aí que Horimiya recebe mais críticas.
Do lado positivo, houve momentos em que gostei dos personagens, independentemente de quão básicos eles sejam. Eu sempre adoro ver relacionamentos florescer, seja romanticamente ou não. Em Horimiya, vemos Miyamura construir muitos relacionamentos. Não apenas com Hori, mas ele constrói amizades com pessoas que nunca esperou que tivesse. Ele luta contra as dificuldades anteriores que teve com sua vida social e aprende a superá-las. É difícil não gostar do Miyamura e sinto que Horimiya fez um ótimo trabalho em nos fazer sentir conectados a ele. Suas interações com outras pessoas são divertidas e, às vezes, super saudáveis. Mas também podemos testemunhar as coisas através do ponto de vista de alguns personagens coadjuvantes. Embora eu achasse que os personagens secundários eram esquecíveis e desinteressantes (além do Tooru e Yuki, eu os amo!), Ainda foi ótimo vê-los se desenvolver.
Uma coisa de que não tenho queixas é a arte. A arte parecia nítida e estava linda. Os designs dos personagens não são nada excelentes, mas eles ainda são atraentes em sua própria maneira. Cada personagem se destaca com sua própria cor/estilo de cabelo único. Uma das razões pelas quais senti qualquer prazer neste anime foi devido ao estilo artístico. Quanto ao som, também não tenho queixas. Nada nesse departamento se destacou, mas foi aceitável o suficiente para evitar quaisquer problemas.
